Clássico da literatura em língua portuguesa, Dom Casmurro é uma das obras-primas do maior escritor brasileiro, Machado de Assis. Com um dilema que atormenta os leitores há mais de 124 anos, a obra é obrigatória na biblioteca de todos os amantes dos livros e será debatida no Clube de Leitura do CFCL Benê do SINESP

Clube de Leitura – Dom Casmurro (Machado de Assis)

Data: 27 de outubro, às 15h

Inscrições: 24 e 25 de outubro

Modalidade: On-line, pela plataforma Zoom

As inscrições podem ser feitas das 9h às 17h pelos telefones do SINESP 3255-9794 e 3116-8400 e pelo WhatsApp 3116-8400.

Obra-prima com dilema que atravessa as décadas

Dom Casmurro é, seguramente, um dos livros mais conhecidos da língua portuguesa. Presença obrigatória em escolas de todo o país, é obra frequentemente relacionada como leitura obrigatória em concursos, no Enem e em vestibulares. 

Com escrita cativante e história intrigante, o fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL) Machado de Assis colocou Dom Casmurro em uma seleta lista de obras eternas.

Nessa obra, Machado de Assis mostra, com maestria, como é conhecedor da sociedade da época. A obra trata de ciúme e expõe as dificuldades em ser mulher no período, haja vista que o caráter feminino era sempre posto à prova.

O livro narra a história de Capitu e Bentinho, sob a visão dele, já com a idade avançada.

Bentinho reexamina o passado e conta sua versão da relação com seu grande amor, Capitu.

Os dois são amigos de infância, que nutrem um pelo outro um grande amor. Apesar de alguns percalços impostos pela vida, os dois conseguem consumar esse amor e se casam. Apesar de terem uma sintonia praticamente perfeita, um fato emblemático cria no casal uma situação de extrema desconfiança, que culmina em um final surpreendente.

O amor de Bentinho e Capitu, bem como seus desencontros, povoam corações e mentes há mais de um século e já inspiraram uma infinidade de histórias nas mais diversas mídias.

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu em junho de 1839 no Rio de Janeiro. Filho de uma lavadeira açoriana e de um pintor de paredes, não tinha recursos para estudar. Isso não impediu que sua genialidade fosse desenvolvida de forma autodidata.

Com uma produção vasta e de qualidade inquestionável (foram 205 contos, dez peças de teatro, cinco coletâneas de poemas e sonetos, cerca de 600 crônicas) é considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o nome mais importante da literatura brasileira.

Machado de Assis transitou por praticamente todos os gêneros literários e teve uma vida muito ativa, apesar da epilepsia que o atormentava, sendo poeta, romancista, cronista, jornalista, contista, dramaturgo, folhetinista e crítico literário.

Fundou a cadeira de número 23 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e é o responsável pelo início do Realismo no Brasil, com a publicação, em 1881, de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Foi casado com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais durante 35 anos e encontrou nela a parceira ideal, não só para a vida, mas também profissionalmente, pois ela o ajudava com a revisão das obras.  

Machado de Assis presenciou momentos importantes da história do Brasil, como a abolição da escravidão e a proclamação da república.

Morreu no Rio de Janeiro em setembro de 1908, mas deixou obras eternas. Algumas delas merecem muito destaque.

Romances: Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena, Iaiá Garcia, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires

Contos: Contos Fluminenses, Histórias da Meia-Noite, Papéis Avulsos, O Alienista, Histórias sem Data, Páginas Recolhidas, Várias Histórias, Relíquias da Casa Velha

Poesias: Crisálidas, Falenas, Americanas, Poesias Completas

Peças de teatro: Desencanto, Queda Que as Mulheres Têm Pelos Tolos, Quase Ministro, Os Deuses de Casaca, Tu, Só Tu, Puro Amor

 

Fontes: Toda Matéria, Ebiografia, ABL, Brasil Escola, Guia do Estudante