Ocorreu na sexta-feira, 24 de fevereiro, a primeira edição de 2023 do Clube de Leitura do CFCL-SINESP. Sob a coordenação dos professores Jean Siqueira e Marcos Maurício, os filiados do SINESP debateram a obra O Estrangeiro, do filósofo e escritor franco-argelino vencedor do Nobel de Literatura Albert Camus.
Lançado em 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, o livro inspirou o lançamento de filme homônimo em 1967, dirigido pelo italiano Luchino Visconti e estrelado pelo astro Marcello Mastroianni.
Niilismo de personagem causa fascínio e estranhamento quase simultâneos
O Estrangeiro é o escrito mais conhecido de Albert Camus e se junta a O Mito de Sísifo (1942) e à peça de teatro Calígula (1945) no que se convencionou chamar de A trilogia do absurdo de Camus. O estrangeiro, assim como as outras duas obras, versa sobre a ideia filosófica da falta de sentido da vida. Um grande vazio existencial gera a narrativa de que não haveria nenhum propósito por trás da existência humana.
O livro analisado pelo Clube de Leitura narra, em primeira pessoa, um breve período da vida de Meursault, funcionário de um escritório em Argel, capital da Argélia, desde o momento em que ele recebe a notícia da morte de sua mãe até seu julgamento e condenação à morte, pelo fato de, aparentemente sem nenhuma razão, ter assassinado um árabe em uma praia no subúrbio de Argel. A morte é, portanto, um tema que atravessa a obra.
Meursault se mostra alheio às relações humanas e às convenções sociais, apresentando-se como uma personagem geralmente descrita como “indiferente”, “desinteressada” e “insensível”. É justamente por conta desse estranhamento diante do outro e do mundo que Meursault pode ser tomado como o “estrangeiro” do título da obra.
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