A escritora conversará com os presentes sobre seu livro “Não fossem as sílabas do sábado”, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura como melhor romance de 2023 , ano em que a premiação registrou marca recorde de 453 inscrições, das quais 327 foram habilitadas de diversas regiões do Brasil e também de outros países, entre eles: Alemanha, Angola, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Israel, Itália, Portugal, Rússia e Suíça.
►Dia 22 de março, às 15h, no CFCL Benê do SINESP, Praça Dom José Gaspar, 30, 3° andar – Centro Histórico de São Paulo
►Inscrições: 19, 20 e 21 de março das 10h as 17h, pelos telefones do Sinesp: 3255-9794, 3116-8400 e pelo WhatsApp.
►Os filiados poderão levar até dois convidados.
Não Fossem...
Trecho publicado na Vogue Magazine:
No livro, Ana, a narradora, volta nove anos no tempo, ao dia em que se tornou viúva, depois que André, seu marido, foi atingido em cheio por um suicida que se jogou do décimo andar do prédio onde moravam. Além do luto e da culpa, a obra aborda a renúncia e a doação que fazem parte da rotina de uma mãe solo, uma vez que o falecido André deixa a pequena Catarina aos encargos da narradora. “Ana não planejou ser mãe solo, e ainda muito dolorida teve de compreender essa sua nova realidade e lidar com a tomada radical do seu corpo, mente e energia por aquela criatura inteiramente dependente e frágil. A mãe que cria o filho sem mais ninguém, embora tenha a maior parte do tempo tomado por ele, vive uma solidão difícil de mesurar”, aponta a autora, que, como qualquer escritora na ativa, hoje, não se furta de discutir questões de gênero em uma arena literária. “Acho muito bom que eu possa me posicionar como autora nacional, mulher e feminista, desde que eu possa também escrever sobre o que eu quiser e possamos falar verdadeiramente sobre as obras”, diz Mariana. “A ficção é nosso maior espaço de vivência de todos os temas.”
Mariana Salomão Carrara é paulistana, Defensora Pública, nascida em 1986.
Tem publicados um livro de contos (Delicada uma de nós – Off-Flip, 2015), e os romances Idílico (EI, 2007), Fadas e copos no canto da casa (Quintal Edições, 2017), Se deus me chamar não vou (Editora nós, 2019, entre os 10 indicados ao Prêmio Jabuti 2020, em Romance Literário), “É sempre a hora da nossa morte amém” (Editora Nós, 2021, finalista do Prêmio São Paulo 2022 e entre os 10 indicados ao Jabuti 2022) e “Não fossem as sílabas do sábado” (Todavia, junho/2022, Vencedor do Prêmio São Paulo 2023, Melhor Romance do Ano).
Por contos e poemas, recebeu prêmios nacionais como Off-flip (2012), SESC-DF, Felippe D’Oliveira (2015 e 2016), Sinecol, Josué Guimarães e Ignácio de Loyola Brandão. Recebeu o segundo lugar no Prêmio Guiões (Portugal, 2019) pelo roteiro de longa-metragem É lá que eu quero morar.